Uma maçã Porta-da-Loja, assada no borralho e afogada numa malga com vinho verde tinto e polvilhada com açúcar, é-lhe familiar? Quase perdida, esta era uma tradição minhota na noite de consoada em muito lares do Baixo Minho, em especial na vasta área que, na Idade Média, era dominada pelo mosteiro de Tibães, em Braga.

Este foi o mote da primeira sessão das Conversas da Praça que contou com a participação dos reconhecidos bracarenses Raul Rodrigues, professor universitário e especialista na recuperação, conservação e caracterização de cultivares regionais de espécies fruteiras, e Eduardo Pires de Oliveira, historiador e investigador.

Com o objetivo de divulgar esta tradição e contribuir para a preservação de produto minhoto, sublinhando o valor gastronómico e patrimonial da Maçã Porta-da-Loja, a Praça acolheu este evento onde houve também oportunidade para degustar esta receita tradicional. Para Olga Pereira, vereadora do Pelouro da Gestão e Conservação dos Equipamentos Municipais, “somos responsáveis por não deixar perder as verdadeiras tradições, ao reavivar a memória dos mais antigos e transmiti-las aos mais jovens”.

As Conversas na Praça são uma iniciativa do Município de Braga, com lugar na Praça – Mercado Municipal de Braga que, nas palavras de Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga, é um “ponto de encontro entre pessoas e um espaço de conversa sobre temas variados”.